FRANCHISING

EMPRESAS ABANDONAM MODELO DE FRANQUIA PARA OFERECER CONDIÇÕES ATRATIVAS A PARCEIROS

DO IG ECONOMIA

Quando uma pessoa resolve ser um empreendedor, a franquia sempre surge como opção, pois já traz uma marca estabelecida no mercado. O impedimento, na maioria das vezes, é o investimento alto que é necessário para se tornar um franqueado. Mas já há opções diferentes no mercado. Empresas como o Sorvete Salada estão adotando modelos que lembram franquia, mas simplificam algumas regras. “Se eu puder resumir nosso objetivo em uma palavra seria flexibilidade. Queremos oferecer ao credenciado uma margem saudável, já que eu ganho no conjunto”, analisa Raquel Bravo, diretora executiva da marca Sorvete Salada.

A empresa, interessada em expandir o número de lojas, abriu vagas para credenciamento em várias cidades de Minas Gerais. No modelo de negócios não há cobrança de taxas de franquia e de royalties. Além disso, a verba cooperada de publicidade e propaganda é menor. Enquanto na franquia ela fica em torno de 5%, no modelo da Sorvete Salada é de 3,5%. “Queremos deixar o negócio leve para que seja lucrativo e atrativo para o credenciado”, diz Raquel. A taxa de credenciamento da empresa é de R$ 20 mil e o investimento total hoje varia entre R$ 100 mil e R$ 200 mil.

A empresa de telefonia TIM também prefere manter uma parceria diferente de uma franquia convencional em suas lojas. “A construção do modelo comercial se pautou pelas melhores práticas de uma franquia tradicional e do modelo de representação comercial. A relação estabelecida entre a TIM e seus parceiros tem como princípio ser vantajosa para ambos”, afirma Rodrigo Neves, diretor da TIM Minas. O investimento para abrir uma loja está em torno de R$ 100 mil. Esse valor, porém, pode variar. “Localização, dimensão do ponto de venda, tamanho da equipe são pontos que tornam esse investimento variável”, explica Neves.

Para os executivos, o importante é facilitar a vida do parceiro sem esquecer do suporte. “Se um contrato de franquia tem 50 páginas, o meu vai ter 15, é mais simples. Por outro lado, o credenciado vai receber todo o know-how, manuais de operação que foram desenvolvidos em 28 anos de experiência”, afirma a diretora da empresa de Sorvetes.

O diretor da TIM segue o mesmo raciocínio e afirma que “os empreendedores que buscam uma parceria comercial com a TIM já começam o negócio dispondo de estrutura e visibilidade que a operadora proporciona”. Além disso, a loja conta “com padronização, investimento em marketing, treinamento e apoio no processo de gestão”, completa Neves.

A diretora em Minas Gerais da Associação Brasileira de Franchising, Danyelle Van Straten, ressalta que esses modelos não devem ser confundidos com franquia. “É outro tipo de negócio”, diz. A diretora lembra que uma lei regula a relação entre as partes. “A legislação protege o empreendedor”, afirma Danyelle.


Crescimento Mercado. O faturamento das franquias cresceu 412% de 2002 até o ano passado, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF) Empregos. No mesmo período, a geração de empregos diretos nas franquias cresceu mais de 200% Unidades. O número de unidades de franquias no Brasil, de 2002 a 2013, aumentou 204% Redes. O aumento das redes de franquia no período coberto pela pesquisa da ABF foi de 415%


ABF indica risco quando não existe contrato de franquia Para a diretora regional em Minas Gerais da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Danyelle Van Straten, existe risco para o empreendedor quando existe uma relação de franquia na prática e o contrato é apenas de licenciamento. “O licenciamento não tem uma lei específica que regula as relações. Na franquia, é necessário demonstrar a saúde financeira da empresa para o franqueado, existe uma série de medidas de proteção que beneficiam o empreendedor”, explica. Danyelle também lembra que taxas como as de royalties são utilizadas para manter o modelo. “As taxas são necessárias para a manutenção da relação entre as partes”, diz. “Já vimos um franqueador abrir mão da taxa inicial de franquia por acreditar na evolução do franqueado, mas, nesse caso, o ganho vem com os royalties. Então não é possível ficar sem as duas, no caso de uma franquia”, afirma a diretora. Para ela, porém, não há problema em contratos de licenciamento legítimos. “Nesse caso, é apenas uma parceria, não é franchising. É bem diferente”, conclui.

origem da notícia:http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=21&cid=209738

Comentários

Postagens mais visitadas